segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Palavras do dia 2

COMO DEVEM PROCEDER OS AVÓS E OS PAIS?

Acho que os avós ou os pais devem sentir uma profunda solidão ao notar as divergências que há entre o seu modo de pensar e o modo de pensar de seus netos ou seus filhos. Porém, é necessário que eles suportem essa solidão, essa tristeza. É preciso compreender que, em qualquer época, os jovens sempre procuram viver a sua própria vida: assim é agora, nesta era de rápidas transformações ideológicas, e assim foi também no passado, quando as famílias viviam dentro de um rigoroso regime patriarcal. Naqueles tempos, havia casais de namorados que chegavam a escolher a morte, diante da impossibilidade de realizarem os seus sonhos; havia também jovens que, devido à sua rebeldia contra os pais, eram expulsos da casa, ficando rompido o vínculo entre pai e filho. Se as tragédias resultantes das divergências de opiniões devido à diferença das idades eram frequentes até mesmo nos tempos em que predominava o regime patriarcal nas famílias, é natural que o rompimento espiritual entre avós e netos e a oposição de ideias entre pais e filhos tenham se intensificado nesta era de transformações aceleradas, notadamente no Japão de após guerra, que teve o seu antigo sistema familiar destruído pela constituição imposta pelos ocupantes.
É compreensível que as avós se preocupem com o modo de viver aparecentemente desenfreado de suas netas, ou que os pais considerem um erro o fato de seus filhos seguirem um rumo de vida diferente daquele que era esperado. Surge, então, a pergunta: em tais ocasiões, o que devem fazer as pessoas idosas, na qualidade de "antecessores" dos jovens, e os pais e mães, que são os seus responsáveis? Com que sentimento devem dirigir-se aos jovens, para orientá-los corretamente e evitar que eles trilhem para caminhos errados?

Gostaria de buscar junto com vocês, leitores, a resposta para estas perguntas.

(Preceitos Diários, Revista Mundo Ideal, Novembro/2009).

Nenhum comentário:

Postar um comentário